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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Prova Final

Prova Final from Produções STAR on Vimeo.



Pedro é vítima acidental de um triângulo amoroso entre uma mulher que mantém uma relação secreta com um aluno do seu marido.

[Curta metragem produzida no âmbito académico para a disciplina de Produção Audiovisual do 2º ano na ESART/IPCB.]

Maria (Rita Pereira) envolve-se com João (Afonso Fontão), um dos alunos do seu marido, professor Ricardo (António Romão), criando um triângulo amoroso perigoso para ela e para João. Pedro (Jorge Coelho), também aluno e colega de João é arrastado para este jogo como testemunha acidental. João e Ricardo são instrumentos da mesma mulher que usa o aluno para fugir ao marido. Um thriller vertiginoso onde a audácia é premiada e a inocência condenada, graças à mente de Paulo (Ricardo Amorim).

PRODUÇÕES STAR e ESART/IPCB apresentam | uma PRODUÇÃO STAR | um filme de RICARDO AMORIM "PROVA FINAL" ANA RITA PEREIRA JORGE COELHO com ANTÓNIO ROMÃO AFONSO FONTÃO e RICARDO AMORIM produção executiva ANTÓNIO ROMÃO produzido por AFONSO FONTÃO direcção de fotografia TIAGO MOURA grafismo por SORAIA DUARTE direcção de som ANTÓNIO ROMÃO música de THOMAS NEWMAN screenplay AFONSO FONTÃO RICARDO AMORIM ANTÓNIO ROMÃO TIAGO MOURA SORAIA DUARTE história e realização RICARDO AMORIM edição AFONSO FONTÃO supervisão ISABEL MARCOS

domingo, 5 de junho de 2011

Mania!



Detesto não ter razão!

Eu e toda a gente. Ninguém gosta de ter uma ideia errada das coisas, da sua realidade. Ninguém gosta de não ter razão. E eu compreendo isto, e concordo. Em primeiro lugar porque coloca em causa o meu argumento, e se o argumento é meu então houve legitimidade da minha parte para o usar. A sua contestação é descredibilizar a minha opinião ou leitura de um qualquer facto, tema ou o que for. Detesto não ter razão!

Posto isto é muito mais fácil colocar as culpas nos outros, naqueles que têm razão.
Nomes como prepotentes, arrogantes e estúpidos são os mais comuns atribuídos a esses que julgam ter a razão do seu lado. Sacanas!

Sacanas porque não contestam argumentos. Questionam! Truque baixo. Colocam em causa uma posição questionando as partes fracas de um argumento. E mais irritante é que sugerem adivinhar o futuro como se tudo fosse causa-efeito de qualquer coisa. Sempre linear. E evitam enganos brincando com hipóteses, como se tudo dependesse de escolhas, probabilidades estatísticas, padrões... Sacanas!

E o seu optimismo? Claro, sempre com razão, não podem dar parte fraca. Não pode haver negativismo na sua razão, esta é sempre segura, até prova em contrário, prova essa que constitui uma operação quase impossível de executar – é aqui que o que tem a mania cai no erro da teimosia idiota ou no refúgio de argumentos falaciosos...

Detesto não ter razão mas, curiosamente, identifico-me mais com os prepotentes, os arrogantes e estúpidos com a mania que têm a razão. E nem é porque eu esteja convencido que tenha a razão toda - a maior parte das vezes confesso ter dúvidas do que penso.

O que me motiva a defender os meus argumentos não é o detestar não ter a razão, mas sim porque adoro estar certo!

E com isto não significa que eu tenha razão. Isso é o tempo quem o deverá dizer!

sábado, 21 de novembro de 2009

Tens razão.

Têm razão. Lá na sua razão, eles têm razão.

Há uma realidade. Por mais que nos desdobremos em interpretações, dificilmente conseguimos realidades diferentes. Ainda assim, de uma forma ou de outra, lá somos levados a crer que há mais realidades.
Não quero, com isto, dizer que não tenhamos noção que só há uma realidade, mas que as pessoas perdem-se na interpretação dessa realidade. E digo interpretação, porque ninguém está apto a conhecer a realidade no seu todo. Ninguém.
A forma como concebemos a realidade baseia-se num processo muito simples de interpretação, que tem origem na percepção daquilo que nos envolve. É natural e parece-me razoável que assim seja. Se conseguíssemos absorver todos os eventos da realidade no seu todo, o mais certo seria dar-se um colapso cerebral. Por uma razão muito simples. A união de todas as pontas soltas, seria tão incoerente que dificilmente conseguiríamos compreender como esse "todo" se conjuga. O certo é que de facto os eventos sucedem-se, alguns como efeito, outros como causa... e outros(?) como qualquer coisa que gostávamos de perceber.
A capacidade de percepção não garante respostas, e tentar compreender ou justificar tudo é, no mínimo, abusivo.

Cada qual tem uma percepção da realidade envolvente e é daqui que interpretam o resto da realidade. Tudo o resto que nos chega de forma não empírica está sujeita à percepção da realidade que nos é próxima. A partir daqui facilmente se conclui que as hipóteses são mais que muitas.
As consequências é que quando confrontados com interpretações diferentes, tendemos a ser sensíveis. Ora se a "realidade" é por si só uma interpretação, a somar a isto uma interpretação que proteja a sensibilidade alheia, resulta numa deturpação tão aguda do todo que, confesso, me assusta.
As pessoas acabam por acreditar no lado mais irreal, mais fantástico, mais romanceado daquilo que é simples.

Sou franco nas minhas opiniões, e custa-me recorrer a eufemismos, ou tomadas de posição só porque alguém acredita que as coisas são diferentes. Não tenho dúvidas que as coisas possam ser vistas de forma diferente, que a percepção e respectiva interpretação seja completamente díspar da minha. Mas a realidade não deixa de ser uma.
E se a forma como interpreto a minha percepção da minha realidade custa a engolir, tanto pior. O tempo dirá se me enganei ou se vai doer ainda mais aos outros. (oxalá que não)
Recuso-me ser falso em detrimento da minha realidade, da minha experiência.