Lei de Murphy
Receando o resultado, vou fazer para que tudo corra mal…
Introspectivo, teórico, discutível. Mas muito óbvio!
Quando comecei este blog, várias ideias ocorreram para a sua linha de posts e respectiva longevidade. Inicialmente tinha alguns assuntos que queria vê-los no formato de palavras escritas. Só para perceber a sua consistência ou reconhecer o disparate que seria tê-las pensadas. Paralelamente permitiu inebriar-me na blogosfera com tudo o que ela tem. A ideia base do meu blog sugeria que não escrevesse periodicamente. Sugeria que não fosse participado. E pressupunha o seu fim em menos de um ano. Todavia, as amizades, as participações, a própria vida da blogosfera levaram a uma publicação mais ou menos intensa no início. Coisa que não gostei, mas não condeno, antes pelo contrário: agradeço. Todavia essa fase de escrever para o blog – e fazer de conta que é para mim – levara a uma relação nova. De repente não me sentia à vontade para o terminar e marcar um ponto final. O que se pretendia como uma experiência de curto prazo, transformou-se numa expressão minha online. E o seu fim nunca se manifestou. Até que praticamente deixei de escrever textos para o meu blog. Pior, até deixei de escrever fora do meu blog. Como se de repente escrever fosse uma chatice. Esta chatice desenvolveu-se sobre interpretações que rejeito. Se havia coisa que não queria era parecer algo. Claro que sempre haverá rótulos, e em nada me preocupa o que se diz ou pensa sobre mim, sobre isto ou sobre aquilo. Mas não gosto de parecer algo, que rejeito ser. Ao que se conclui que não sei como sou, ou que me rejeito a mim próprio. Adiante. Ainda o blog, ideias para textos têm aparecido. Mas escrever sugeria ser uma chatice. Algo forçado e não natural. A somar a isto, o rumo inicial, o perfil pensado perdera-se! Ficara com uma ponta solta sem saber por ande encetar o novo perfil que o blog assumira ou virá assumir. O post que servirá de remate está escrito (também porque não quero perder a ideia inicial). Não sei quando e porque motivo o devia publicar. Mas quando penso nisso, apenas concluo que não o quero ver publicado. Conclusão esta que me leva a escrever para o blog. De propósito. Assumidamente para o blog. E se não for natural, tanto pior! Agora que se defina o blog a si.