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quinta-feira, 28 de junho de 2007

Humildade?!? Para quê?

Se tiver noção do meu valor, do que sou capaz, porque raio hei-de ser humilde? Não gosto de ser humilde! Aliás, não percebo porque havemos de ser humildes!?

Sempre entendi a humildade como uma variante da hipocrisia, e faz-me confusão que seja considerada como uma virtude.

Porque é que, quando é reconhecido o trabalho de alguém, se valoriza a resposta humilde em detrimento da resposta honesta e de auto-reconhecimento? Seria um exercício muito positivo para qualquer um com dúvidas da sua capacidade produtiva, afirmar com segurança que sabe que está de parabéns, e que sabe que o que fez... ficou bem feito! E isto é que é de valor.

Concordo que é mais simpático, armar-se em inocente, agradecer o reconhecimento e ainda alegar que “não foi nada de especial”! Mas se é de facto algo de bom, para quê a humildade? Quem é que se pretende enganar? Só se for o próprio!
Reconhecer o seu mérito, não implica ser-se humilde. A humildade é para quem acha que ficou por baixo e que teve um rasgo de sorte. Por outras palavras é para quem não quer reconhecer os seus feitos. Se tem dúvidas do que conseguiu e duvida do reconhecimento colhido, para isso há a modéstia. Ser-se moderado é uma coisa, ser-se humilde é triste e falso.

Gosto de dizer que sei que o que fiz, ficou bem feito, e de igual modo reconheço que falhei aqui ou ali, e sou modesto o suficiente para afirmar que consigo fazer melhor. Mas não sou dado à humildade. Acusem-me de presunção, mas antes isso que humilde. Sei que sou melhor do que sou, é uma questão de acreditar e fazer, e reconhecer o mérito em mim mesmo.

O meu orgulho pode ser silencioso, mas não cego!

terça-feira, 26 de junho de 2007

Rumo

Tempo!
Há coisas com que não contamos, e sem querer é fácil perder o rumo. Talvez por causa do ruído provocado pelo inesperado. Depois é uma questão de tempo.
Eu gosto de ter consciência de tudo o que se passa à minha volta. Não é só saber de onde venho (como vim), onde estou (como estou) e para onde vou (e como vou).
Gosto de perceber tudo o que segue, lado a lado, com os meus passos. Observando, analogamente, parece que consigo perceber tudo o que preciso saber dos vários "como's" que indico.
A determinada altura o rumo escapa-se. Será?
E será possível recuperar o que se tinha em mente para o "onde vou" e "como vou"? Sim... há! É uma questão de voltar a ver o rumo, e para isso basta deixar assentar a poeira.


- Deixar poisar a poeira?
- Sim.
- Para quê?
- Porque: ao tempo o que é do tempo. É assim que deve ser.
- Quem define isso?
- Não sei. Talvez o tempo...

- ...
- ...

- Já chega?
- O quê?
- O tempo que deste à poeira.
- Qual poeira?
- Então já chega!
- Sim! Já chega! Vou retomar onde estava.
- Até que enfim. Já não era sem tempo.
- Quem define isso?
- Não sei. Talvez o tempo...

quinta-feira, 21 de junho de 2007

7 Maravilhas da Blogoesfera

7 Maravilhas da Blogoesfera

Uma ideia interessante. Decidi participar.
Embora o meu universo na blogoesfera seja extremamente reduzido, penso que consegui encontrar, entre os poucos blogs que acompanho, aqueles que na minha opinião merecem o seu destaque.
Assim, aqui ficam as minhas nomeações/votos daqueles que são potênciais "maravilhas" da blogoesfera nacional, para mim! Claro!




OS VERDADEIROS ARTISTAS...da nossa cultura
http://verdadeirosartistas.blogspot.com/

por João Silva
Porque oferece um olhar alternativo sobre o que se tem feito nas artes nacionais, promovendo a cultura musical e literária que passa despercebida a olhares menos atentos.
Pela estética e pelo teor biográfico de cada artista.



Rubrica Mau Feitio atira-se aos Blogs
http://rubricamorenaatiraseaosblogs.blogs.sapo.pt/

por Mau_Feitio
Porque promove a blogoesfera. Apresenta críticas com humor e sempre a puxar por uma qualidade superior do que se tem feito na blogosfera.



Mau Feitio
http://morena_mau_feitio.blogs.sapo.pt/

por Mau_Feitio
Representa o conceito de blog pessoal por excelência. Mantém um ritmo de publicação muito satisfatório. Pela riqueza de conteúdo, pelo exibicionismo cuidado e intenso que propõe.
Histórias e episódios que suscitam o interesse e o questionar da vida.
Pela estética.



Portfolio - A Pasta de Portugal
http://onossoportfolio.blogspot.com/

"independente"(?)
Porque promove o melhor que se tem feito na área criativa em Portugal. Porque apresenta um conceito audaz e de mérito.
Pela riqueza do seu conteúdo e pela curiosidade que suscita.



Centopeias
http://centopeias.blogs.sapo.pt/

por Big Mac, Zexorcista e Jovem Centopeia
Pelo humor negro. Pelo olhar crítico, absurdo e extremo da sociedade. A coerência, o fio condutor que não se perde. Um humor nada fácil de manter actualizado e menos fácil de manter online.



Quadratim
http://quadratim.blogspot.com/

por António Leal Salvado
Porque apresenta a cultura de uma forma descontraída. Porque identifica uma região apelando à sua qualidade.
Pela estética.



Cigana
http://trazoutroamigotambem.blogs.sapo.pt/

por Cigana
Porque é generalista. Porque apresenta trabalho de casa bem feito.
Propõe a discussão, sobre temas generalistas, de forma cuidada e trabalhada, não descurando o humor e o civismo na discussão.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

...o branco...

Cláudia:
As provas de amizade também são misteriosas.

Tu marcas... sem querer, tu marcas.

Obrigado!


Sem querer. Sempre sem querer há vazios.
Chamo-lhe espaço em branco.

Outras vezes, sem querer e sempre sem querer estão preenchidos.
E se também for branco? Faz desse espaço uma mentira?
O que julgamos não é o que sentimos, e dificilmente o que sentimos é o que julgamos... e isso é branco!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

AlfmaniaK: O nome!

Google it: AlfmaniaK

Que se desmistifique o nome, o nick, o AlfmaniaK:
(1996)
Na minha adolescência fui para Londres. Fiquei alojado em casa de britânicos por uma semana, onde teria que experimentar e adoptar os hábitos londrinos. Tudo muito divertido, excepto os limites da língua.
Não havia problemas em comunicar. Sempre fui fluente em Inglês, porém mexia comigo ser tratado por Frank. Segundo eles, Afonso é um nome complicado, mesmo difícil de pronunciar. Como entenderam que a fonética do meu nome sugeria ser nórdico, acharam por bem, tratar-me por Frank. Era mais fácil. Filhos da p…

Claro que me senti incomodado e procuramos uma solução intermédia. Do espanhol Alfonse ao Alf, foi um pulinho de nada. Assim nasceu a primeira expressão deste nome: Alf.
Aliás: Alf, the film maker.
Na altura adorava fazer filmes. Perdia-me em horas de filmagens entre amigos, e outras tantas horas em estúdios da escola a fazer curtas, experiências, etc… literalmente era tratado por: Alf, the film maker.

De regresso a casa, a alcunha Alf, manteve-se. Era tratado por Afonso na generalidade, mas o meu carimbo era Alf. Fiz graffiti, o tag era Alf. Desenhava, a assinatura era Alf. Comecei a ficar preso a este nome, como um subterfúgio do Afonso. Alf era um segundo Afonso, mais íntimo.

Depois veio a internet. O meu primeiro mail não aceitou o Alf. Talvez por ser curto demais ou porque já estava em uso, então comecei a estender o nome. alfmania@mailcity.com; alfmail@clix.pt; alfmaster@... Etc etc etc. Isto marca a origem das pequenas variações do meu nick.
Depois encontrei o mIRC. De início usava o Alfmania. Sempre. Depois surgiu o registo obrigatório. Alfmania já estava registado, portanto procurei novas alternativas.

Como surgiu o “K”…

Confesso que não me recordo ao certo, mas a ideia de maniac, vem dos desenhos animados Animaniacs. Sempre fã de Spielberg, na altura era uma vertente do realizador/produtor nova. Portanto o meu registo começou por um Alfmaniac. Numa questão de dias ou horas, surgiu o K (1999). Gostei da estética conseguida com as maiúsculas:

AlfmaniaK


O percurso deste nome é, hoje em dia, para mim surpreendente. Faz parte de mim. Muito aliado à internet, sinto-me autêntico. Presunção minha? Talvez, mas é a minha identidade.

Identidade. Resume-se tudo a uma questão de identidade. Os nomes parecem moldar-se às pessoas, quando na realidade são estas que se moldam ao seu nome.
Com a internet tenho a ideia que consegui forjar uma imagem de bits e bytes do Afonso que sou. A linha que separa o “Eu” do “Outro Eu” é muito ténue. Sem querer moldei um nome. Não fui eu que cresci com o nome, mas foi o nome que cresceu comigo. Gosto.
AlfmaniaK é tão único e singular como eu sou. É o meu nome. Aqui, é o meu nome.
E o teu nick? Qual é a sua história?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Parabéns a MIM



Hoje é dia de festa!
Como um puto alegre fico feliz quando este dia chega. Já não são as prendas, nem a festa em si. São as pessoas, que sensíveis ou não à data e à pessoa, gostam e, no fundo, não custa nada dar os parabéns. É sentir-me reconhecido apenas por existir. Poderia descrever o que sinto, o que penso que sinto e mais alguma coisa, mas o que me interessa, na realidade, é ouvir: Parabéns Afonso.

Sem mas nem meio mas. Sem avaliações, sem julgamentos, sem necessidade de causa-efeito. Faço anos, e estou de parabéns. São 28 longos anos que outrora pareceram passar devagar, agora parece ter sido num ápice.

Não me vou alongar. Quero ouvir e ler esses parabéns. Deixo sempre um espaço reservado no meu blog original para esse efeito, e agora convido os bloggers que conheci deste lado da web para darem um salto até lá, e em uníssuno com outros amigos da vida real... Desejar um feliz aniversário. Dar um Parabéns, a este puto alegre que sou eu.

Deixa um comentário ou então vai só espreitar ao meu MSN Space


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Adenda:
Agora já podem deixar aqui comentários... obrigado!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

O Eu, o meu Eu e o outro Eu

AlfmaniaK

Sou uma só pessoa. Tal como toda a gente tenho um Eu que, supostamente, é comum em todas as situações. Mas tal não se verifica, dependendo do grupo, do género, da intimidade, do histórico o Eu que me caracteriza parece ser diferente. Poderei definir o diferente como estados de espírito, sendo nuns casos o Eu alegre, o Eu divertido, o Eu conversador, o Eu parvo, o Eu chato, o Eu informático, o Eu, o Eu, o Eu, etc...

Recentemente, num grupo onde prevalece o Eu bem disposto e divertido, verifico que me sinto só. O que sinto não era novo, e coexistia com os vários Eus que identifico, portanto comecei a pensar: Se “sentir-me só” é de facto um estado de espírito, e prevalece sobre os outros, o que são estes últimos senão apenas um reflexo do ambiente em que me encontro? A reflexão levou-me a identificar-me e reconhecer o Eu que há em mim.
Apenas um Eu seria mentira, o normal é dizer-se que há dois... e outros vão mais longe e identificam vários como citei acima. Num processo de simplificação verbal constatei que tenho claramente três Eus. Que coabitam seja em que circunstância for, e com quem quer que seja. Então vejamos a minha identidade, e que qualquer um possui em traços semelhantes:

O Outro Eu
Este será o Eu pelo qual todos avaliam se gostam ou não de mim. É o Eu visto por vocês. Considero que nas relações, este é o Eu pelo qual as pessoas se apaixonam. Ou odeiam.

O Meu Eu
Este é o Eu egoísta. Todos nós somos incondicionalmente egoístas. Da boca para fora podemos ser muita coisa, mas na hora H este é o Eu que manda. Este é o que decide sim ou sopas. É a força interior. O que nos dá pujança e que se está a “cagar” literalmente para o resto.

E finalmente, o Eu
Este é o Eu que nós conhecemos de nós próprios. É este o Eu com que crescemos, vivemos e morremos. Existe num estado oculto, escondemos dos outros este Eu. Alguns lá conseguem vê-lo, diria que esses são as pessoas ditas especiais na vida.

Para distinguir os Eus atribuí-lhes os meus nomes, assim: o Outro Eu é o Afonso que todos conhecem; O Meu Eu será o Ego invejoso, ciumento, e claro está, egoísta; E finalmente o Eu: AlfmaniaK.
Chamo este último de AlfmaniaK porque é com este nome que identifico tudo o que me fez, tudo o que faço porque eu quero. Porque foi assim que cresci e aprendi a pensar, a ver o mundo.

Se me senti só, foi este AlfmaniaK que se sentiu perdido... Ela que, melhor que ninguém, deveria saber lê-lo, saber encontrá-lo, saber falar com ele... abandonou-o. Sinto-me sózinho.
Sou uma pessoa só.