Rumo
Há coisas com que não contamos, e sem querer é fácil perder o rumo. Talvez por causa do ruído provocado pelo inesperado. Depois é uma questão de tempo.
Eu gosto de ter consciência de tudo o que se passa à minha volta. Não é só saber de onde venho (como vim), onde estou (como estou) e para onde vou (e como vou).
Gosto de perceber tudo o que segue, lado a lado, com os meus passos. Observando, analogamente, parece que consigo perceber tudo o que preciso saber dos vários "como's" que indico.
A determinada altura o rumo escapa-se. Será?
E será possível recuperar o que se tinha em mente para o "onde vou" e "como vou"? Sim... há! É uma questão de voltar a ver o rumo, e para isso basta deixar assentar a poeira.
- Deixar poisar a poeira?
- Sim.
- Para quê?
- Porque: ao tempo o que é do tempo. É assim que deve ser.
- Quem define isso?
- Não sei. Talvez o tempo...
- ...
- ...
- Já chega?
- O quê?
- O tempo que deste à poeira.
- Qual poeira?
- Então já chega!
- Sim! Já chega! Vou retomar onde estava.
- Até que enfim. Já não era sem tempo.
- Quem define isso?
- Não sei. Talvez o tempo...
3 comentários:
Olha ele a imitar os meus diálogos, isso não vale.
É sempre preciso deixar assentar a poeira... só depois é que se sabe o que podemos fazer.
É possível recuperar, mas também é possível (re)ajustar...
"Ao tempo o que é do tempo"...
Mau
E bem que estive. Hein!?
Inês
Neste caso particular não se trata de reajustes... foi mesmo uma medida de prevenção, e agora já está na hora de prosseguir.
Mas obrigado pela observação. Além de recuperar, re-avaliar o rumo é uma vantagem que parece passar despercebida ;)
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