Momento
do Lat. momentu
s. m.,
espaço pequeníssimo de tempo;
ápice;
instante;
tempo ou ocasião em que alguma coisa se faz ou acontece;
ocasião azada;
lance;
conjuntura;
valor;
importância;
Sendo apologista de querer viver o momento, ultimamente e a par das experiências que tenho passado, reparo que a noção de momento, do presente, do agora, está muito em alta. Muitos defendem a necessidade de abstracção do tempo e que se aproveite o momento. Não falo do Carpe Diem muito próprio da adolescência, mas sim do viver a vida.
Esquecer o passado e evitar a projecção do futuro.
É aqui que começa a minha percepção da realidade. O momento não existe. O momento é um misto entre o minuto seguinte(3) e o minuto anterior(1), mas nunca o minuto que acontece(2).
Infelizmente não sei observar o momento como devia. Por uma razão muito simples, porque quando me apercebo do momento e o procuro sentir ou procuro saber o que sinto, será sempre em função do passado ignorando o que se segue. Ou então, penso no que se segue e ignoro o passado. Isto parece-me completamente errado.
Para se aproveitar o momento, digo eu, a forma mais razoável será tentar sentir o que ainda temos do passado imediato e, em função deste, preparar a recepção para as sensações ou emoções futuras... ignorando o que está a acontecer.
Um beijo.
O momento começa com a sugestão de haver um beijo. Assim que sentimos a sugestão em si, deixamos de estar nesse momento ou parte do momento. Ignoramos esse passado e procuramos o que se segue: O beijo. O momento é falso.
No entender de cada um, a definição de momento será o beijo, mas tudo o que acontece durante, antes e depois são fracções desse momento ou momentos em particular?
O olhar não foi ele um momento? O toque da pele? O sentir do cheiro? A cor dos lábios? Para mim tudo isto são momentos isolados, que construiram outro momento. O beijo.
O que se segue é outra cadeia de momentos, simétricos à forma, mas cadentes na itensidade... O olhar, o toque, o cheiro, o calor, mas tudo como se fosse um fade out.
Descrevi um beijo, mas esta linha de raciocínio transporto para outros pseudo-momentos: Ganhar aposta; Sexo com a melhor amiga, ou com desconhecida, ou com amante, ou em local público, ou em grupo; Festas (mais sexo); Corridas; Promoção; Jantar; Directas; Conhecer gente nova; ouvir aquela música ao vivo; palco...
Só encontro uma razão porque prefiro ignorar o minuto do meio(2), porque sentir envolve interpretação... e eu não quero estragar os meus momentos questionando-os. Interpretando-os. Apenas viver e passar por eles!
Isso mesmo, passar por eles...
6 comentários:
"O momento é um misto entre o minuto seguinte(3) e o minuto anterior(1), mas nunca o minuto que acontece(2)."
O momento não é um misto entre o minuto seguinte e o minuto anterior, mas sim. ou um. ou outro. O momento não é o que acontece, nem pode ser, visto que ao acontecer, já aconteceu.
O presente assim que o é já é passado. O momento que acontece só contaria de o tempo parasse. O presente não existe.
Atão?????????????
:))
Crestfallen
Por aqui!? Bem vindo e volta mais vezes.
Sobre a questão do que é o momento eu diria mais ou menos a mesma coisa, porém não tentei definir o conceito ou sequer a teoria do que é em concreto ou na prática o momento. O objectivo era interpretar o momento.
Sobre o ser um misto do antes e o depois, é uma questão de perspectivas. Por exemplo: Tiras uma fotografia, páras o tempo. De todos os segundos, ou fracções destes, capturaste um momento ou não? Até onde é possível definir o momento (que já é passado, óbvio)?
Cláudia
Qu'é?!!!!!!!
:))
epááááá nem sei o que diga! gostei tanto do teu texto que me puseste a pensar e ainda nãoestou mesmo preparada para comentar... vou ter que meditar sobre o que escreves.
por acaso dei-me conta de uma coisa... eu tenho muita mania de questionar as cenas e de facto às vezes esqueço-me de as viver...
Jokinhas
E depois quando passam, não ficas a pensar que os momentos não deveriam ser só momentos?
Só mais um pouco...
Não acabe...
é só o que temos, o momento!
é a hora!
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